Muitas vezes dou comigo a pensar na libertação da sociedade daquilo que chamo a nova escravatura.
O facto de vivermos numa sociedade organizada, leva-nos a seguir um conjunto de normas a que chamamos Leis. Estas servem para que a sociedade se possa regular com vista ao seu funcionamento orgânico, enquanto organização.
As leis servem o bem comum, a justiça a equidade e todos os princípios básicos inerentes ao ser Humano em geral. Portanto podemos dizer que as leis servem o Povo.
Os cidadãos deverão cumprir a lei para que a vida na sociedade possa correr dentro da normalidade, quando não se verifica esse cumprimento há instrumentos legais que são activados para penalizar o infractor.
Como princípio básico da organização Democrática e Republicana, temos o sufrágio, uma das principais vitórias das lutas Maçónicas. O sufrágio universal, o facto de podermos eleger os representantes máximos de nós enquanto povo e nação, tornou-se numa autêntica MALDIÇÃO.
Portugal é um país pequeno, em princípio deveria ser fácil de gerir, porque as coisas pequenas são mais fáceis de organizar, de arrumar, mas não...
Somos governados por pessoas pequenas, mesquinhas, que em vez de tentar governar o País, apenas tentam governar elas próprias. Num rodar de cadeiras incessante, numa rotatividade podre de matéria e conteúdo.
O princípio básico da eleição da nossa classe política é próximo do princípio básico da corrupção, tu coças as minhas costas que eu coço as tuas.
Vamos começar pelo princípio, como diria o Moita Flores “uma investigação é um caminho de pedras que se vai fazendo, que se vai construindo…” entre outras coisas, porque o homem é um bocado chato, e já está com alguma sorte em que eu o cite ipsis verbis.
Para que possam ganhar eleições, os partidos políticos necessitam de verbas para a campanha eleitoral, campanha essa, que tem como objectivo convencer o eleitorado a votar em determinado senhor, ora essa campanha é composta por todo o tipo de técnicas de Marketing e Publicidade que se destinam a vender um produto, o candidato.
Em eleições é tratado como se de uma margarina vegetal com pouca matéria gorda se tratasse. È impingido ferozmente recorrendo ás mais modernas tecnologias, fazendo e construindo opiniões a ponto de irracionalmente emitirmos uma primeira impressão, baseados em nada de concreto, apenas uma ideia que ficou gravada no meio de um spot publicitário de um outdoor, através da massificação de opiniões pelos seu fazedores, os media.
Toda esta máquina infernal tem um custo, e é aqui que todo o sistema falha, é aqui que o político, mesmo sem querer, vende a alma ao Diabo. È aqui que recebe a sua dívida eterna, é aqui que, senão antes neste processo, chega ao ponto sem retorno, ao ponto em que vê o seu horizonte reduzido, enevoado atafulhado de papeis e garantias, letras pequenas que não leu e agora tem que pagar se não quiser ser penhorado, se não quiser passar os seus dias como figura de segundo plano a nível político.
É a altura de pagar, chegou a altura de pagar ao patrocinador, a quem lhe pagou a campanha, quem lhe pagou os cartazes, os anúncios na televisão, os autocolantes, os brindes, porta-chaves, etc. E a moeda de troca não raramente influencia toda a economia nacional, toda a política laboral fica em suspenso, o grande capital fica em regozijo, os trabalhadores ficam na precariedade na insegurança com os dias contados nas empresas, que seguem políticas de contratação duvidosas mas legais, porque os senhores que aprovam as leis servem-se a si mesmos e não aos cidadão que os elegeram.
Eles não têm qualquer sentimento de dívida para connosco, porque sabem que fomos que nem carneiros votar na campanha eleitoral melhor elaborada, sabem que com as técnicas publicitárias em uso, até éramos capazes de votar num sapato velho e defende-lo publicamente, as suas lealdades vão para quem lhes dá emprego, vão para as petrolíferas, para os grandes grupos de pressão a nível económico, para onde vão “trabalhar” depois do seu “serviço público” onde servem como intermediários entre os governos e interesses corporativos das mais diversas organizações.
A libertação da sociedade tem que começar o mais rapidamente possível, temos que tomar as rédeas do nosso destino enquanto nação, não vão os monárquicos tecê-las…
Para que isso aconteça terá que acabar a estupidificação massificada do povo, os cidadãos têm que intervir na sociedade de modo a manter a sua estrutura inicial e fazer prevalecer o seu interesse e bem comum, os cidadãos merecem a libertação da opressão dos tiranos económicos.
Esta classe de políticos (ralé), tem que acabar, as pessoas boas têm que voltar à política, pessoas sem medo, pessoas de bem, as pessoas com ideais e dispostas a lutar por eles, as pessoas que não cedem á chantagem dos grupos de pressão económica, temos que correr com estes bandidos que nos consomem a nossa energia vital para que eles próprios possam subsistir.
Este tipo de político é por norma PARASITA, alimenta-se da ignorância dos votantes, enche-os de mentiras e vãs promessas, pede para ser tratado como Messias mas no fundo não passa de um populista da pior espécie, é um alvo a abater.
A verdade está à vista de todos, mas porque é que ninguém a vê?